domingo, 1 de fevereiro de 2015

Há 05 anos professores municipais protestavam contra o fim da titulação na Câmara de Vereadores

Reunião pública com a presença de professores, em 2009 (Fotos Blog Lenilson Azevedo)
Abaixo inteiro teor do fato, em dezembro de 2009, na Câmara de Vereadores de Ouro Branco-RN (Arquivo do Blog Lenilson Azevedo) 

"Na última terça-feira (29), a Câmara Municipal de Vereadores de Ouro Branco-RN esteve reunida em caráter extraordinário, para votar o Projeto de Lei Complementar nº 005/09, que dispõe sobre a reformulação do Plano de Cargos, Salários e Carreira do Magistério Público Municipal, Revoga a Lei Complementar Municipal nº 001/03, e dá outras providências.
A sessão fora convocada em regime de urgência, e na oportunidade, acenderam-se discussões acerca de alguns pontos da nova Lei, que poderiam estar contrariando interesse da classe do Magistério municipal, ou do Poder Público.
O vereador Genildo Medeiros (PV) apresentou cinco emendas ao Projeto de Lei: a primeira, trata-se de Emenda Modificativa do Artigo 10º, que receberia a seguinte redação: “O município não poderá admitir para o exercício das funções de docência e as de suporte pedagógico a título precário, devendo manter atualizado e suficiente, o contingente de professores e técnicos pedagógicos, objetivando atender permanentemente a necessidade do serviço”. A segunda emenda, também modificativa, ao Artigo 68, passaria a receber a seguinte redação: “O município poderá contratar temporariamente professores não concursados para substituir profissionais do Magistério, declarado o excepcional interesse público, conforme Lei Municipal própria”. A terceira emenda modificativa do Artigo 71: Fica assegurado aos atuais professores efetivos da Rede Municipal de Ensino, a incorporação do valor percebido até a publicação desta Lei, a título de adicional por titulação de 5% para Progressão, ora extinto, excetuando mencionado valor do cômputo instituidor do piso salarial (profissional nacional), conforme disposto no Projeto de Lei 005/2009, que implantou o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e artigo 38, Parágrafo Único, deste Projeto. A quarta emenda, ao artigo 73: “O Piso Salarial Profissional Nacional definido nesta Lei será implantado com acréscimo da diferença remanescente (1/3), condicionada à integralização ao disposto no artigo 3º, inciso III, da Lei 11.738/08, e em observância da disponibilidade orçamentária”. A quinta emenda, a ser crescida no Capítulo das disposições gerais e transitórias: “As disposições relativas ao piso salarial, de que trata esta Lei, serão aplicadas a todas as aposentadorias e pensões dos profissionais do Magistério público da Educação Básica, alcançados pelo artigo 7º, da Emenda Constitucional 41/03, e pela EC 43/05”.
O Presidente da Câmara, vereador Ediwilson Araújo (PTB), alertou o vereador Genildo de que o Regimento Interno reza que as matérias privativas do Executivo Municipal não receberão emendas que alterem o valor, que altere a despesa. Por isso, o Presidente informou que consultaria a assessoria jurídica da Casa, para ver a constitucionalidade das emendas, para submetê-las ao Plenário.
O vereador Junior Nogueira (PCdoB), falou enfaticamente que a questão da titulação, que os professores temiam perder, será mantida. Somente aqueles professores que forem fazer o concurso não terão mais tal direito - o que não ocorreu depois do projeto aprovado.
O vereador Genilson Jerônimo (PR) falou que, quando da reunião com o contador do Município, não tinha ficado claro tal questão, fato que ocasionou todo o mal-entendido.
Entre uma fala e outra, os professores aplaudiam ou ignoravam as observações feitas pelos vereadores.
O vereador Phierce Muller (PTB) agradeceu a participação dos professores na sessão, e pediu para que não somente naquela sessão, mas em outras oportunidades, eles participem e vejam as discussões dos vereadores.
Em seguida, o vereador Ediwilson Araújo encerrou a sessão, marcando uma outra para a quinta-feira (31).
Na sessão no último dia do ano de 2009, às 11h da manhã, a discussão continuou. As cinco emendas apresentadas pelo vereador Genildo Medeiros foram reprovadas, sob as alegações expostas acima, apesar de o vereador ter citado por várias oportunidades a constitucionalidade de suas proposições, e o equívoco dos vereadores em reprová-las. Apenas os vereadores Phierce Muller (PTB) e Cynthia Lidiane (PHS), além do autor das propostas, votaram a favor. No tocante à votação do Plano de Cargos, Salários e Carreira, foram cinco votos a favor e três contra o Projeto de Lei.
A sessão aconteceu sob muita discussão por parte dos vereadores, e mais protestos por parte dos professores.
Ao terminar a sessão, já por volta da 1h da tarde, um grupo de professores protestou em frente à Câmara, com vaias e frases como “fomos enganados”.

Houve muito tumulto. 

Fonte Blog Lenilson Azevedo

Uma olhadinha pelo Retrovisor: Votaram contra as emendas os vereadores Iranildo Alcântara, Genilson Gerônimo (Turica), Francisco Celso (Chico Garofa), Rogério Azevedo e José Nogueira do Nascimento Júnior (Júnior Nogueira).  Autor do Projeto: o então prefeito Nilton Medeiros



Nenhum comentário:

Postar um comentário